As negociações de compra de fertilizante no Brasil apresentam uma significativa queda para o primeiro semestre de 2024. Registrando um índice de apenas 31%, em comparação aos 41% alcançados no mesmo período de 2023 e 49% em 2022. Essa redução levanta preocupações e aponta para diversos fatores que impactam diretamente o mercado agrícola.
Negociações de Fertilizante
O principal motivo apontado para essa diminuição nas negociações é a situação financeira desafiadora enfrentada pelos produtores rurais após a safra verão de 2023/2024, que foi marcada por altos custos do fertilizante. Com menos recursos disponíveis, os agricultores enfrentam dificuldades em adquirir os insumos necessários para a próxima safra.
Além disso, com o cenário das produções instável, o mercado financeiro é agravado pela taxa de juros que sobe conforme o risco também aumenta, o que gera alguns obstáculos na obtenção de crédito rural para a compra de insumos. A conjuntura desfavorável nas condições de financiamento contribui para o atual cenário de retração nas negociações compra de fertilizante.
Outro fator que merece destaque é o atraso na safrinha de milho, principal cultura que demanda fertilizante. As condições climáticas adversas impactaram o plantio, resultando em um descompasso nas operações agrícolas e, consequentemente, nas negociações de insumos.
Projeções
Apesar do cenário de recuo, especialistas do setor ainda expressam um certo otimismo, pois a safra verão continua sendo a principal demanda por esses insumos no Brasil. Mesmo que haja atraso, a projeção é de que nos primeiros meses de 2024, as negociações acelerem e atinjam os índices esperados.